sexta-feira, 15 de julho de 2011

A baixa média de gols da primeira fase e a expectativa para o mata-mata da Copa América


Após quase duas semanas de competição e dezoito partidas realizadas, finalmente conhecemos as oito seleções que disputarão as quartas-de-final da Copa América de 2011. Aliás, não foram necessários muitos gols para sobreviver à fase de grupos e avançar no torneio, visto que, apesar de os números terem aumentado na terceira rodada, as redes balançaram “apenas” 37 vezes, o que corresponde a uma média de pouco mais de 2 gols por partida. Estabelecendo uma rápida comparação, a última edição do torneio, realizada na Venezuela, em 2007, contabilizou 50 gols na primeira fase, registrando média de aproximadamente 2,7 gols por jogo no mesmo período. Além disso, a maioria dos dezoito confrontos apresentou pouca qualidade técnica e raros lances de efeito, o que deposita a expectativa de boas exibições sobre os duelos eliminatórios.

Ao contrário do esperado, quem proporcionou aos fãs de futebol as melhores atuações até aqui foram as seleções de menor expressão. A Colômbia “roubou” a primeira colocação do grupo dos anfitriões e por pouco não os derrotou no empate em 0 a 0. Os chilenos, assim como os colombianos, também agradaram aos seus torcedores, os quais têm protagonizado um espetáculo à parte nos estádios argentinos. Por outro lado, as três superpotências sul-americanas, Argentina, Brasil e Uruguai, decepcionaram na primeira fase, sobretudo os donos da casa, que só encontraram seu melhor futebol na última rodada, contra o inexperiente time da Costa Rica. Brasileiros e uruguaios, até o momento, também não jogaram o que deles se esperava. Têm a chance de se redimir no mata-mata, sobre o qual darei meus palpites a seguir.

Colômbia x Peru: os colombianos têm jogado o futebol mais consistente da competição até o momento. Nos três jogos da primeira fase, conseguiram duas vitórias e um empate - os números só não são melhores devido aos vários gols perdidos no empate 0 a 0 com a Argentina. A defesa é a única que ainda não foi vazada na competição, e, mais à frente, o trio formado por Guarín, Ramos e Falcao García é responsável por balançar as redes adversárias. A seleção peruana, mesmo após uma péssima campanha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2010 e desfalcada de Farfán e Pizarro, evoluiu seu futebol e também garantiu vaga nas quartas. Até aqui, todos os gols saíram dos pés do atacante Guerrero. Palpite: Colômbia.

Argentina x Uruguai: o precoce confronto entre os maiores campeões do torneio – cada um tem 14 títulos – não era esperado, mas ocorreu devido ao mau desempenho das equipes na primeira fase. A seleção argentina começou derrapando, com dois empates. Porém, melhorou na última partida, quando fez 3 a 0 diante da Costa Rica, e, apesar da fragilidade do adversário, o resultado, mais do que classificá-la para a próxima fase, deu confiança à equipe. Os uruguaios, por outro lado, ainda não repetiram as boas atuações que lhes garantiram a quarta colocação na Copa do Mundo de 2010. Em uma partida tão equilibrada, o fator Lionel Messi, que já mostrou do que é capaz, pode fazer a diferença. Palpite: Argentina.

Brasil x Paraguai: o duelo já aconteceu na fase de grupos, quando o Brasil empatou nos minutos finais. Mano Menezes ainda faz testes em sua equipe, e o último deles, com Maicon no lugar de Daniel Alves, deu certo. O lateral da Inter de Milão, que não fez boa temporada na Europa, foi muito bem na partida contra os equatorianos, sendo uma alternativa a mais quando o meio está congestionado. Além disso, a movimentação na frente é maior se comparada à dá última partida com os paraguaios, que têm a pior campanha entre os classificados. Acredito que a atuação brasileira será melhor, mas, em caso de derrota, é importante dar sequência ao trabalho de Mano, que não formará um time da noite para o dia. Palpite: Brasil.

Chile x Venezuela: os chilenos, ao lado dos colombianos, foram os que jogaram melhor futebol até o momento, tendo se classificado na primeira colocação de seu grupo sem contestações. O craque do time é Alexis Sánchez, atacante rápido que tem seu nome constantemente envolvido nas possíveis contratações do gigante Barcelona para a próxima temporada. Além disso, já recuperado de lesão, Valdívia tem entrado bem nos jogos, acrescentando em criatividade ao meio-campo. A baixa da equipe é do bom meia Boseaujour, expulso na partida contra o Peru. O time da Venezuela não é brilhante tecnicamente, mas vem fortalecido após o heróico empate com os paraguaios em 3 a 3. Palpite: Chile.

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