
Assim como a convocação de Mano Menezes há duas semanas, o primeiro jogo dessa 'nova' seleção brasileira foi, de certa forma, surpreendente. Apesar do talento indiscutível do jovem elenco canarinho, a expectativa era de um time ofensivo, mas que sofreria com a falta de entrosamento. Além disso, a seleção estadunidense manteve a boa base finalista da Copa das Confederações e que chegou às oitavas-de-final da última Copa do Mundo, tendo como referência o meio-campista Donovan.
Porém, vimos o oposto dentro de campo. Apesar do domínio americano nos primeiros minutos, tentando pressionar a saída de bola brasileira e permanecendo o tempo todo em seu campo de ataque, o time comandado pelo ex-técnico corintiano não tomou conhecimento do adversário no restante da partida. Um placar mais elástico, nas circunstâncias do jogo, não seria nenhum absurdo.
Meu primeiro destaque vai para a ótima atuação do novato David Luiz, que, nas poucas vezes em que foi exigido, não enfrentou maiores dificuldades. André Santos, que frequentou a lista de Dunga por algum tempo, mas que acabou ficando de fora do mundial, também merece ser lembrado, tendo participado do primeiro gol da partida. O agora primeiro volante Lucas deu muito mais segurança ao meio de campo brasileiro, marcando e saindo jogando com perfeição.
Mas como falar deste jogo e não citar o show proporcionado pelos "meninos da Vila"? A começar por Paulo Henrique Ganso, que mostrou a muitos jogadores que quem tem de correr é a bola, e não o jogador. Atuação sensacional! Robinho, um dos poucos remanescentes do fracasso na Copa da África, também foi bem, tendo se movimentado bastante. E o que falar de Neymar? Com 18 anos, ele ignorou a ansiedade da estreia e acabou com o jogo. Pedalou, correu, finalizou, dançou... Enfim, foi o jogador da partida, e mostrou ao mundo que, em 2014, a seleção brasileira terá um ataque fortíssimo.
Sabemos que esta foi apenas a primeira convocação e que este time deverá sofrer algumas mudanças ao longo destes quatro anos. Porém, a primeira impressão não poderia ter sido melhor. O futebol arte que consagrou e elevou o Brasil ao status de "país do futebol" parece ter voltado, e, com ele, o apoio do povo brasileiro, que queria tê-lo visto dois meses atrás, na Copa do Mundo.
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