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Bicampeão alemão, Klopp não figurou entre os finalistas |
Como disse no último texto, nesta segunda-feira, Lionel Messi foi eleito o melhor jogador do mundo pela quarta vez consecutiva. Embora o argentino não tenha faturado tantos títulos quanto nos anos anteriores, considerei a vitória merecida, dados os números individuais espetaculares que o camisa 10 atingiu. Mas, a meu ver, essa mesma justiça não existiu em alguns outros quesitos da premiação, como na seleção dos três melhores treinadores, no "time ideal" e no gol mais bonito de 2012.
Primeiramente, é importante esclarecer como ocorre essa eleição. Nas escolhas dos melhores jogadores e treinadores, tanto do masculino quanto do feminino, têm direito a voto os capitães e técnicos das seleções nacionais, além de jornalistas escolhidos pela própria FIFA. Representaram o Brasil, por exemplo, Mano Menezes (técnico à época da votação), Thiago Silva (capitão) e Cléber Machado (jornalista) no masculino, enquanto no feminino votaram Jorge Barcellos (técnico que também já deixou o cargo), Marta (capitã) e Jorge Luiz Rodrigues (jornalista). Já o vencedor do Prêmio Puskás, entregue ao atleta que anotou o gol mais bonito do ano, sai de votação aberta ao público na internet, e quem escolhe o time ideal são os 50 mil jogadores filiados à FIFA.
Esses 50 mil atletas formaram não uma seleção do mundo, mas do Campeonato Espanhol. Foram cinco jogadores do Barcelona, cinco do Real Madrid e um do Atlético de Madrid. Até concordo que os dois primeiros times de fato reúnem o que há de melhor no planeta bola. Porém, para mim, a grife de catalães e madridistas fez com que o "eleitorado" deixasse de olhar para ligas até mais fortes do que a espanhola. As minhas mudanças começariam pelas laterais. Na direita, trocaria Daniel Alves por Philipp Lahm, finalista da Champions com o Bayern, e na esquerda optaria por Ashley Cole, peça importante do Chelsea campeão europeu, ao invés de Marcelo. Na zaga, o ótimo defensor Mats Hummels, campeão alemão com o Borussia Dortmund, substituiria Sérgio Ramos.
No meio-campo, senti bastante a ausência de Andrea Pirlo. Aos 33 anos, o camisa 21 foi o cérebro da Juventus campeã nacional invicta e da Itália na Euro. Ele poderia ocupar a vaga de Xavi, não tão brilhante como o italiano em 2012. Na frente, vi muitas pessoas pedindo Didier Drogba no lugar de Falcao. Afinal, o marfinense foi o craque do Chelsea no título da Champions - e, não fossem seus gols, duvido que os ingleses tivessem o mesmo sucesso. Apesar disso, optaria pelo colombiano, que continuou em evidência depois de conquistar a Liga Europa em maio. Falcao marcou três gols na decisão da Supercopa europeia contra o Chelsea em agosto e já fez 17 no atual Espanhol. Lembrando que Drogba transferiu-se para Shangai Shenua, da China, depois do título europeu.
Essa "badalação" sobre Barcelona e Real Madrid também se refletiu no banco de reservas. Ao lado de Vicente del Bosque e José Mourinho, Pep Guardiola mais uma vez concorria a melhor treinador do mundo. Não contesto a competência do técnico catalão, vencedor com méritos em 2011, mas apenas a conquista da Copa do Rei, sinceramente, não o credenciava ao prêmio esse ano. Em seu lugar, colocaria Roberto Di Matteo, comandante do Chelsea no histórico título europeu dos Blues, eliminando inclusive o Barcelona de Guardiola na semifinal. Di Matteo até foi mais lembrado pelos eleitores, mas seus 208 votos tiveram peso inferior ao dos 197 recebidos pelo espanhol - o primeiro colocado na preferência dos eleitores recebe 5 pontos, o segundo, 3, e o terceiro, 1 ponto.
Quanto a Mourinho, não considero sua presença absurda, mas ele também não estaria na minha lista. Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund, a meu ver merecia mais. Ele foi bicampeão da Bundesliga e acabou na primeira colocação do "grupo da morte" da Champions, superando nada menos que o Real Madrid do próprio Mourinho, o Manchester City e o Ajax. Por fim, a eleição do Prêmio Puskás, que certamente contou com muitos votos de internautas turcos no vencedor Miroslav Stoch. Para mim, o tento mais espetacular em 2012 foi o de Zlatan Ibrahimovic contra a Inglaterra. Como ele ficou de fora, optaria pelo de Falcao, cujo nome, muitos não sabem, é uma homenagem ao craque brasileiro Paulo Roberto Falcão. Vem daí a inspiração do colombiano?
Resumindo, meus votos seriam os seguintes (em negrito, os vencedores):
Time ideal: Casillas; Lahm, Piqué, Hummels e Ashley Cole; Xabi Alonso, Pirlo e Iniesta; Cristiano Ronaldo, Messi e Falcao
Melhores jogadores: Messi, Cristiano Ronaldo e Iniesta
Melhores técnicos: Vicente Del Bosque, Roberto Di Matteo e Jurgen Klopp
Prêmio Puskás: Falcao García (não considerando o gol de Ibrahimovic, feito depois do anúncio dos concorrentes)
Abaixo, confira o golaço de Falcao García filmado das arquibancadas. Chama a atenção a reação eufórica dos torcedores que presenciaram essa verdadeira obra-prima do atacante colombiano.
Primeiramente, é importante esclarecer como ocorre essa eleição. Nas escolhas dos melhores jogadores e treinadores, tanto do masculino quanto do feminino, têm direito a voto os capitães e técnicos das seleções nacionais, além de jornalistas escolhidos pela própria FIFA. Representaram o Brasil, por exemplo, Mano Menezes (técnico à época da votação), Thiago Silva (capitão) e Cléber Machado (jornalista) no masculino, enquanto no feminino votaram Jorge Barcellos (técnico que também já deixou o cargo), Marta (capitã) e Jorge Luiz Rodrigues (jornalista). Já o vencedor do Prêmio Puskás, entregue ao atleta que anotou o gol mais bonito do ano, sai de votação aberta ao público na internet, e quem escolhe o time ideal são os 50 mil jogadores filiados à FIFA.
Esses 50 mil atletas formaram não uma seleção do mundo, mas do Campeonato Espanhol. Foram cinco jogadores do Barcelona, cinco do Real Madrid e um do Atlético de Madrid. Até concordo que os dois primeiros times de fato reúnem o que há de melhor no planeta bola. Porém, para mim, a grife de catalães e madridistas fez com que o "eleitorado" deixasse de olhar para ligas até mais fortes do que a espanhola. As minhas mudanças começariam pelas laterais. Na direita, trocaria Daniel Alves por Philipp Lahm, finalista da Champions com o Bayern, e na esquerda optaria por Ashley Cole, peça importante do Chelsea campeão europeu, ao invés de Marcelo. Na zaga, o ótimo defensor Mats Hummels, campeão alemão com o Borussia Dortmund, substituiria Sérgio Ramos.
No meio-campo, senti bastante a ausência de Andrea Pirlo. Aos 33 anos, o camisa 21 foi o cérebro da Juventus campeã nacional invicta e da Itália na Euro. Ele poderia ocupar a vaga de Xavi, não tão brilhante como o italiano em 2012. Na frente, vi muitas pessoas pedindo Didier Drogba no lugar de Falcao. Afinal, o marfinense foi o craque do Chelsea no título da Champions - e, não fossem seus gols, duvido que os ingleses tivessem o mesmo sucesso. Apesar disso, optaria pelo colombiano, que continuou em evidência depois de conquistar a Liga Europa em maio. Falcao marcou três gols na decisão da Supercopa europeia contra o Chelsea em agosto e já fez 17 no atual Espanhol. Lembrando que Drogba transferiu-se para Shangai Shenua, da China, depois do título europeu.
Essa "badalação" sobre Barcelona e Real Madrid também se refletiu no banco de reservas. Ao lado de Vicente del Bosque e José Mourinho, Pep Guardiola mais uma vez concorria a melhor treinador do mundo. Não contesto a competência do técnico catalão, vencedor com méritos em 2011, mas apenas a conquista da Copa do Rei, sinceramente, não o credenciava ao prêmio esse ano. Em seu lugar, colocaria Roberto Di Matteo, comandante do Chelsea no histórico título europeu dos Blues, eliminando inclusive o Barcelona de Guardiola na semifinal. Di Matteo até foi mais lembrado pelos eleitores, mas seus 208 votos tiveram peso inferior ao dos 197 recebidos pelo espanhol - o primeiro colocado na preferência dos eleitores recebe 5 pontos, o segundo, 3, e o terceiro, 1 ponto.
Quanto a Mourinho, não considero sua presença absurda, mas ele também não estaria na minha lista. Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund, a meu ver merecia mais. Ele foi bicampeão da Bundesliga e acabou na primeira colocação do "grupo da morte" da Champions, superando nada menos que o Real Madrid do próprio Mourinho, o Manchester City e o Ajax. Por fim, a eleição do Prêmio Puskás, que certamente contou com muitos votos de internautas turcos no vencedor Miroslav Stoch. Para mim, o tento mais espetacular em 2012 foi o de Zlatan Ibrahimovic contra a Inglaterra. Como ele ficou de fora, optaria pelo de Falcao, cujo nome, muitos não sabem, é uma homenagem ao craque brasileiro Paulo Roberto Falcão. Vem daí a inspiração do colombiano?
Resumindo, meus votos seriam os seguintes (em negrito, os vencedores):
Time ideal: Casillas; Lahm, Piqué, Hummels e Ashley Cole; Xabi Alonso, Pirlo e Iniesta; Cristiano Ronaldo, Messi e Falcao
Melhores jogadores: Messi, Cristiano Ronaldo e Iniesta
Melhores técnicos: Vicente Del Bosque, Roberto Di Matteo e Jurgen Klopp
Prêmio Puskás: Falcao García (não considerando o gol de Ibrahimovic, feito depois do anúncio dos concorrentes)
Abaixo, confira o golaço de Falcao García filmado das arquibancadas. Chama a atenção a reação eufórica dos torcedores que presenciaram essa verdadeira obra-prima do atacante colombiano.
Fala, meu caro! Concordo com boa parte do que foi dito. Não sou tão expert assim, mas posso dar minha opinião: Quanto à lateral-esquerda, acredito que o Marcelo esteve um degrauzinho acima do Cole durante o ano sim, e para mim, mereceu estar na lista. Quanto à zaga, eu também tiraria o Sergio Ramos, mas pelo futebol apresentado, colocaria David Luiz em seu lugar, acha digno?
ResponderExcluirQuanto ao prêmio Puskás, achei que tanto o vencedor, quanto o gol do Falcao foram incríveis, porém com certa semelhança. De elaborado, apenas a visão e o chute potente. Tendo isso em vista, achei o gol do Neymar mais completo, mais elaborado e, portanto, mais bonito, apesar da semelhança com os gols do Messi...
ps: pra mim, na verdade, o time ideal é o Campeão do Mundo de 2012. VAI CORINTHIANS! Hahaha