
O mundo do esporte amanheceu mais triste que de costume nesta segunda-feira. Ao contrário do que o saudoso Fiori Gigliotti dizia ao iniciar suas históricas transmissões futebolísticas na rádio, fecham-se as cortinas e termina-se o espetáculo proporcionado por um dos maiores atacantes que o planeta já viu. É a despedida de Ronaldo, que, no domingo, confirmou sua retirada dos gramados, palco que lhe garantiu fama, prestígio, dinheiro e, acima de tudo, respeito e admiração. Após a trágica eliminação para o Tolima, ainda na pré-Libertadores, o "Fenômeno", como era merecidamente chamado, disse que não aguenta mais fazer o que sempre fez com maestria e perfeição: jogar futebol. A aposentadoria de Ronaldo é encarada como se uma importante parte da história do esporte se desintegrasse de repente, sem a preparação psicológica dos fãs de futebol e do camisa 9.
A história de Ronaldo no futebol já é do conhecimento de todos. O franzino e inocente garoto iniciou sua carreira no São Cristóvão, do Rio de Janeiro, sua terra natal. Estreou como profissional com a camisa do Cruzeiro, onde, ainda na adolescência, brilhou e chamou a atenção de Parreira, treinador da seleção brasileira à época e responsável pela convocação do mais novo artilheiro para a Copa do Mundo de 1994. Ronaldo, do banco de reservas e com olhos atentos, observou Romário conquistar o tetracampeonato mundial para o Brasil. A saída do "Fenômeno" para a Europa não demorou para acontecer, dado o repentino sucesso do atacante. Brilhantes passagens por PSV e Barcelona lhe garantiram dois títulos de melhor jogador pela FIFA e mais uma Copa do Mundo para seu currículo. Porém, apesar de ter conduzido a seleção brasileira à decisão do torneio, o protagonismo final coube a Zidane.
O capítulo escrito por Ronaldo na Itália, com a camisa da Internazionale, merece um tratamento especial. Afinal, foi nessa época que o atacante encontrou seu maior adversário, a lesão no joelho que o afastou dos gramados por um bom tempo. No entanto, mostrando incrível determinação e poder de reabilitação, Ronaldo deu a volta por cima e, quando sua carreira já era dada como encerrada por muitos, recebeu um voto de confiança de Felipão, que o convocou para a Copa do Mundo de 2002. Em terras asiáticas, o astro brasileiro provou que, ao contrário do que ocorrera quatro anos antes, na França, poderia render e brilhar em um mundial. E não deu outra. Ronaldo marcou 8 gols, sendo dois na grande final contra a Alemanha, e escreveu de vez seu nome na história. Ainda na Europa, Ronaldo mais uma vez foi eleito melhor do mundo e marcou muitos gols pelo Real Madrid. Em 2006, na Copa da Alemanha, tornou-se o maior atilheiro da história dos mundiais, com 15 gols ao todo. No Milan, foi discreto e sofreu com contusões.
De volta ao Brasil, para se recuperar de mais uma lesão, Ronaldo se instalou no clube de infância, o Flamengo, mas seu coração optou por jogar no Corinthians. No time paulista, novamente fez história, pelo menos em um curto espaço de tempo. No primeiro semestre de 2009, o "Fenômeno" fez jus ao apelido e liderou o elenco alvinegro nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Aos poucos, as raras más atuações em sua carreira chegaram e as críticas ao camisa 9 vieram à tona, sobretudo a respeito de sua forma física. No centenário do clube, fracassou na disputa da tão sonhada Libertadores diante do Flamengo. Em 2011, a campanha foi ainda pior. Eliminação para o colombiano Tolima, ainda na fase preliminar da competição, que culminou com a decisão final de Ronaldo.
Este texto é, sem dúvida, um dos mais especiais que escrevo. Afinal, trata-se do fim da carreira do melhor jogador que vi atuar, ao lado de Zidane, e que me proporcionou muitas alegrias, sobretudo em 2002, com o pentacampeonato mundial. Além das contribuições dentro das quatro linhas, Ronaldo deixa um bonito legado também fora delas. Acima de tudo, foi e continuará sendo um exemplo de superação e determinação. Quando tudo no mundo parecia estar contra Ronaldo, ele encontrou forças para seguir em frente, buscando novos caminhos, objetivos e motivações para a sua vida. Indiscutivelmente, o dia é triste para o futebol mundial. Perde-se um personagem insubstituível. Mas o fim de carreira deixou mais evidente a importância que o eterno matador teve para o futebol e para o mundo.
A história de Ronaldo no futebol já é do conhecimento de todos. O franzino e inocente garoto iniciou sua carreira no São Cristóvão, do Rio de Janeiro, sua terra natal. Estreou como profissional com a camisa do Cruzeiro, onde, ainda na adolescência, brilhou e chamou a atenção de Parreira, treinador da seleção brasileira à época e responsável pela convocação do mais novo artilheiro para a Copa do Mundo de 1994. Ronaldo, do banco de reservas e com olhos atentos, observou Romário conquistar o tetracampeonato mundial para o Brasil. A saída do "Fenômeno" para a Europa não demorou para acontecer, dado o repentino sucesso do atacante. Brilhantes passagens por PSV e Barcelona lhe garantiram dois títulos de melhor jogador pela FIFA e mais uma Copa do Mundo para seu currículo. Porém, apesar de ter conduzido a seleção brasileira à decisão do torneio, o protagonismo final coube a Zidane.
O capítulo escrito por Ronaldo na Itália, com a camisa da Internazionale, merece um tratamento especial. Afinal, foi nessa época que o atacante encontrou seu maior adversário, a lesão no joelho que o afastou dos gramados por um bom tempo. No entanto, mostrando incrível determinação e poder de reabilitação, Ronaldo deu a volta por cima e, quando sua carreira já era dada como encerrada por muitos, recebeu um voto de confiança de Felipão, que o convocou para a Copa do Mundo de 2002. Em terras asiáticas, o astro brasileiro provou que, ao contrário do que ocorrera quatro anos antes, na França, poderia render e brilhar em um mundial. E não deu outra. Ronaldo marcou 8 gols, sendo dois na grande final contra a Alemanha, e escreveu de vez seu nome na história. Ainda na Europa, Ronaldo mais uma vez foi eleito melhor do mundo e marcou muitos gols pelo Real Madrid. Em 2006, na Copa da Alemanha, tornou-se o maior atilheiro da história dos mundiais, com 15 gols ao todo. No Milan, foi discreto e sofreu com contusões.
De volta ao Brasil, para se recuperar de mais uma lesão, Ronaldo se instalou no clube de infância, o Flamengo, mas seu coração optou por jogar no Corinthians. No time paulista, novamente fez história, pelo menos em um curto espaço de tempo. No primeiro semestre de 2009, o "Fenômeno" fez jus ao apelido e liderou o elenco alvinegro nas conquistas do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Aos poucos, as raras más atuações em sua carreira chegaram e as críticas ao camisa 9 vieram à tona, sobretudo a respeito de sua forma física. No centenário do clube, fracassou na disputa da tão sonhada Libertadores diante do Flamengo. Em 2011, a campanha foi ainda pior. Eliminação para o colombiano Tolima, ainda na fase preliminar da competição, que culminou com a decisão final de Ronaldo.
Este texto é, sem dúvida, um dos mais especiais que escrevo. Afinal, trata-se do fim da carreira do melhor jogador que vi atuar, ao lado de Zidane, e que me proporcionou muitas alegrias, sobretudo em 2002, com o pentacampeonato mundial. Além das contribuições dentro das quatro linhas, Ronaldo deixa um bonito legado também fora delas. Acima de tudo, foi e continuará sendo um exemplo de superação e determinação. Quando tudo no mundo parecia estar contra Ronaldo, ele encontrou forças para seguir em frente, buscando novos caminhos, objetivos e motivações para a sua vida. Indiscutivelmente, o dia é triste para o futebol mundial. Perde-se um personagem insubstituível. Mas o fim de carreira deixou mais evidente a importância que o eterno matador teve para o futebol e para o mundo.
O Brasil perde um dos seus maiores ícones.Ronaldo fenômeno,pra sempre mais um louco do bando,pra sempre fenômeno! Obrigado,R9!
ResponderExcluirSem dúvidas, é um dia histórico para o futebol mundial. O Ronaldo foi, é, e sempre será o meu maior ídolo do futebol, pois cresci vendo suas jogadas, seus dribles e, principalmente, seus gols. E foram tantos... pela Seleção então, foram os mais importantes, os mais decisivos, os mais vibrantes! Como foi bom fazer parte da Geração Fenômeno. E, por fim, ser coroado com a vinda dele para o meu time, foi como entrar em um sonho que parecia não ter fim, a cada partida, a cada lance, eu custava a acreditar que era ele que estava ali, com a 9 alvi-negra. Dia 13 de novembro de 2010, no estádio Pacaembu, em São Paulo, Corinthians X Cruzeiro, eu estava lá, viajei 600km para ver o Fenômeno balançar as redes pelo última vez como jogador profissional. E, sem demagogia, aquele dia, depois daquele gol de pênalty, eu chorei. De emoção, de alegria, de desafogo? Não, eu chorei porque estava realizando um sonho de infância. E hoje, ao ver sua entrevista coletiva, não resisti e caí nas lágrimas novamente, chorei junto com o Fenômeno e milhares de outros brasileiros, pois foi impossível não se emocionar. Obrigado, Ronaldo. Ou, como eu prefiro: VALEU GORDO!
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