
No curto período de dois dias, a Liga dos Campeões viu duas tradicionais equipes italianas dando adeus à competição. Na terça-feira, a Roma, que já havia perdido jogando em seus domínios por 3 a 2, foi massacrada pelo Shakhtar na Ucrânia. Placar de 3 a 0 e eliminação na certa. Apenas 24 horas depois, foi a vez de o Milan abandonar o sonho do oitavo título do torneio europeu. Após ser derrotado diante de sua torcida por 1 a 0, há três semanas, os milanistas cederam ao Tottenham o direito do empate. Os ingleses souberam utilizar o regulamento com eficiência e seguraram o 0 a 0, garantindo presença nas quartas-de-final. Porém, os seguidos fracassos por parte dos italianos, sejam de clubes ou da seleção nacional, não soam como surpresa.
A tradição da Squadra Azzurra é do conhecimento de todos. São quatro títulos mundiais, o último há aproximadamente cinco anos, em 2006, equipes memoráveis, como aquela de 1982, que eliminou o Brasil de Falcão, Zico e companhia e levantou o caneco na Espanha, e inúmeros craques que gravaram seus nomes na história do futebol, como Giuseppe Meazza, Luigi Riva, Dino Zoff, Paolo Rossi, Roberto Baggio, Paolo Maldini, Gianluigi Buffon, Totti, Del Piero e, mais recentemente, Fábio Cannavaro. No entanto, após a conquista do tetracampeonato em solo alemão e da Liga dos Campeões pelo Milan de Kaká, na temporada 2006/2007, o futebol italiano se encontra em um dos mais lamentáveis dias de sua rica e vitoriosa história.
A começar pela seleção nacional, dona de uma pífia campanha na última Copa do Mundo, realizada na África do Sul. A Itália, atual campeã mundial até então, foi a última colocada em seu fraco grupo, que ainda contava com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia. Ao todo, foram dois empates e uma derrota, com 4 gols marcados e 5 sofridos. Os jogadores do elenco parecem não ter conseguido conviver com a pressão de defender o título. Em relação aos clubes, o quadro não é muito diferente. A Juventus, detentora de 27 títulos do campeonato italiano, não levanta o troféu desde 2003 e vem fazendo péssimas campanhas na Liga dos Campeões. Sequer participou da atual edição. O Milan, após a saída de Kaká, ainda não se encontrou no cenário continental.
A Internazionale merece um desconto pelo título europeu da última temporada, quando, sob o comando de José Mourinho, derrotou o Bayern de Munique na final por 2 a 0 e voltou a conquistar o título máximo do futebol do "Velho Continente" após 45 anos de seca. No entanto, há de se ressaltar que, dos catorze atletas que estiveram em campo naquela decisão com a camisa dos Nerazzurri, como são conhecidos, apenas dois, Zanetti e Materazzi, são nascidos na Itália. A defesa, ponto forte do time, era composta em sua maioria por brasileiros, como Júlio César, Maicon, Lúcio e Thiago Motta. Além disso, os dois gols do título partiram de Diego Milito, um argentino. Os italianos, portanto, estiveram longe do papel de protagonistas da equipe campeã.
É no mínimo preocupante o fato de que um futebol vitorioso como o da Itália se veja tão dependente da mão-de-obra estrangeira para alcançar o sucesso, que tem sido raro nos últimos anos. A dependência pôde ser vista com mais facilidade após a naturalização do brasileiro Thiago Motta, que agora compõe a seleção italiana. Óbvio que foi prazeroso ver a Inter de Mourinho campeã no ano passado, mas não há nada melhor do que ver craques fabricados "em casa" brilhando nos gramados que o projetaram, como tem ocorrido no Brasil com Lucas, Ganso e Neymar, membros da promissora geração que provavelmente disputará o mundial de 2014. A Itália, que não vem revelando grandes talentos como outrora fazia, vê sua indiscutível tradição ameaçada nos próximos anos.
A tradição da Squadra Azzurra é do conhecimento de todos. São quatro títulos mundiais, o último há aproximadamente cinco anos, em 2006, equipes memoráveis, como aquela de 1982, que eliminou o Brasil de Falcão, Zico e companhia e levantou o caneco na Espanha, e inúmeros craques que gravaram seus nomes na história do futebol, como Giuseppe Meazza, Luigi Riva, Dino Zoff, Paolo Rossi, Roberto Baggio, Paolo Maldini, Gianluigi Buffon, Totti, Del Piero e, mais recentemente, Fábio Cannavaro. No entanto, após a conquista do tetracampeonato em solo alemão e da Liga dos Campeões pelo Milan de Kaká, na temporada 2006/2007, o futebol italiano se encontra em um dos mais lamentáveis dias de sua rica e vitoriosa história.
A começar pela seleção nacional, dona de uma pífia campanha na última Copa do Mundo, realizada na África do Sul. A Itália, atual campeã mundial até então, foi a última colocada em seu fraco grupo, que ainda contava com Paraguai, Eslováquia e Nova Zelândia. Ao todo, foram dois empates e uma derrota, com 4 gols marcados e 5 sofridos. Os jogadores do elenco parecem não ter conseguido conviver com a pressão de defender o título. Em relação aos clubes, o quadro não é muito diferente. A Juventus, detentora de 27 títulos do campeonato italiano, não levanta o troféu desde 2003 e vem fazendo péssimas campanhas na Liga dos Campeões. Sequer participou da atual edição. O Milan, após a saída de Kaká, ainda não se encontrou no cenário continental.
A Internazionale merece um desconto pelo título europeu da última temporada, quando, sob o comando de José Mourinho, derrotou o Bayern de Munique na final por 2 a 0 e voltou a conquistar o título máximo do futebol do "Velho Continente" após 45 anos de seca. No entanto, há de se ressaltar que, dos catorze atletas que estiveram em campo naquela decisão com a camisa dos Nerazzurri, como são conhecidos, apenas dois, Zanetti e Materazzi, são nascidos na Itália. A defesa, ponto forte do time, era composta em sua maioria por brasileiros, como Júlio César, Maicon, Lúcio e Thiago Motta. Além disso, os dois gols do título partiram de Diego Milito, um argentino. Os italianos, portanto, estiveram longe do papel de protagonistas da equipe campeã.
É no mínimo preocupante o fato de que um futebol vitorioso como o da Itália se veja tão dependente da mão-de-obra estrangeira para alcançar o sucesso, que tem sido raro nos últimos anos. A dependência pôde ser vista com mais facilidade após a naturalização do brasileiro Thiago Motta, que agora compõe a seleção italiana. Óbvio que foi prazeroso ver a Inter de Mourinho campeã no ano passado, mas não há nada melhor do que ver craques fabricados "em casa" brilhando nos gramados que o projetaram, como tem ocorrido no Brasil com Lucas, Ganso e Neymar, membros da promissora geração que provavelmente disputará o mundial de 2014. A Itália, que não vem revelando grandes talentos como outrora fazia, vê sua indiscutível tradição ameaçada nos próximos anos.
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