quarta-feira, 6 de abril de 2011

A vitória do sólido Manchester United no clássico inglês e o passeio do incrível Barcelona


Se a terça-feira da Liga dos Campeões foi marcada por surpresas, como a falta de equilíbrio no confronto entre Real Madrid e Tottenham e a humilhação sofrida pela Internazionale para o Schalke 04, o dia seguinte não proporcionou resultados muito surpreendentes. O clássico inglês envolvendo Chelsea e Manchester United foi definido nos detalhes e teve um placar magro, 1 a 0, enquanto, na Espanha, o Barcelona fez jus à fama de melhor time do mundo, não deu chances ao Shakhtar, da Ucrânia, e conquistou um resultado que, assim como o rival Real Madrid, praticamente lhe garante na próxima fase da competição, quando deverá enfrentar os merengues. Portanto, como esperado, equilíbrio em um jogo e disparidade em outro.

Em Stamford Bridge, a expectativa era de uma partida disputada e que seria decidida em algum lance esporádico. Afinal, praticamente não há disparidade técnica entre os dois elencos, além de se tratar de um clássico que a cada ano, com os investimentos bilionários do russo Roman Abramovich, ganha mais episódios históricos, como a final da Liga dos Campeões da temporada 2007/2008, ocasião em que o Manchester United levou a melhor nos pênaltis.

A partida caracterizou-se por muitos erros de passe e pela falta de criatividade do meio de campo, sobretudo do time da casa, visto que Lampard não vive seus melhores dias. Em uma das poucas jogadas de inteligência do jogo, Carrick lançou Giggs na esquerda, que rolou para Rooney abrir o placar. Após o gol, a ótima defesa do Manchester United, que sofreu apenas 2 gols em 9 jogos, segurou com eficiência o ataque adversário. Pelo lado do Chelsea, Fernando Torres novamente não foi bem, e suas atuações continuam desproporcionais ao valor desembolsado pelo clube, 50 milhões de libras, o maior da Inglaterra. Cabia a Drogba a função de atormentar Van der Sar, até que Ancelotti decidiu, erroneamente, sacar o marfinense. Placar final de 1 a 0 para os visitantes e importante vantagem para a partida de volta.

Enquanto isso, no Camp Nou, a fantástica equipe do Barcelona, minha favorita à conquista, goleava sem dó nem piedade o Shakhtar Donetsk. Os catalães abriram 3 a 0 sem nenhuma dificuldade, com gols de Iniesta, Daniel Alves e Pique. Os ucranianos até esboçaram uma reação ao diminuir o placar, mas, 1 minuto depois, Keita marcou mais um para os donos da casa, e Xavi, aos 86, fechou o placar, praticamente garantindo o Barcelona na próxima fase. Sob o comando dos brasileiros Jadson, Douglas Costa, Willian e Luiz Adriano, o Shakhtar vinha jogando bem na Liga dos Campeões, mas não resistiu ao poderio ofensivo do melhor time do mundo.

O treinador Alex Ferguson não deixa de ter razão em sua declaração dada antes da partida. Se o Manchester United conquistasse um bom resultado em Londres, dificilmente perderia a vaga em casa, no estádio Old Trafford. Porém, na minha visão, o clássico inglês continua aberto, pois o Chelsea conta com um elenco qualificado e com jogadores de grande poder de decisão, como Fernando Torres, apesar da má fase. Em relação à outra partida, as chances de o Shakhtar reverter o placar na Ucrânia são míninas, quase zero. José Mourinho e Pep Guardiola já podem começar a quebrar a cabeça para os quatro clássicos que ocorrerão no período de um mês: dois pela Liga dos Campeões, um pelo Campeonato Espanhol e a decisão da Copa do Rei.

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