
Se a terça-feira da Liga dos Campeões foi marcada por surpresas, como a falta de equilíbrio no confronto entre Real Madrid e Tottenham e a humilhação sofrida pela Internazionale para o Schalke 04, o dia seguinte não proporcionou resultados muito surpreendentes. O clássico inglês envolvendo Chelsea e Manchester United foi definido nos detalhes e teve um placar magro, 1 a 0, enquanto, na Espanha, o Barcelona fez jus à fama de melhor time do mundo, não deu chances ao Shakhtar, da Ucrânia, e conquistou um resultado que, assim como o rival Real Madrid, praticamente lhe garante na próxima fase da competição, quando deverá enfrentar os merengues. Portanto, como esperado, equilíbrio em um jogo e disparidade em outro.

A partida caracterizou-se por muitos erros de passe e pela falta de criatividade do meio de campo, sobretudo do time da casa, visto que Lampard não vive seus melhores dias. Em uma das poucas jogadas de inteligência do jogo, Carrick lançou Giggs na esquerda, que rolou para Rooney abrir o placar. Após o gol, a ótima defesa do Manchester United, que sofreu apenas 2 gols em 9 jogos, segurou com eficiência o ataque adversário. Pelo lado do Chelsea, Fernando Torres novamente não foi bem, e suas atuações continuam desproporcionais ao valor desembolsado pelo clube, 50 milhões de libras, o maior da Inglaterra. Cabia a Drogba a função de atormentar Van der Sar, até que Ancelotti decidiu, erroneamente, sacar o marfinense. Placar final de 1 a 0 para os visitantes e importante vantagem para a partida de volta.

O treinador Alex Ferguson não deixa de ter razão em sua declaração dada antes da partida. Se o Manchester United conquistasse um bom resultado em Londres, dificilmente perderia a vaga em casa, no estádio Old Trafford. Porém, na minha visão, o clássico inglês continua aberto, pois o Chelsea conta com um elenco qualificado e com jogadores de grande poder de decisão, como Fernando Torres, apesar da má fase. Em relação à outra partida, as chances de o Shakhtar reverter o placar na Ucrânia são míninas, quase zero. José Mourinho e Pep Guardiola já podem começar a quebrar a cabeça para os quatro clássicos que ocorrerão no período de um mês: dois pela Liga dos Campeões, um pelo Campeonato Espanhol e a decisão da Copa do Rei.
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