A primeira fase do Campeonato Paulista, que ocupou pouco mais de três meses do calendário dos clubes, foi marcada por raras surpresas e inúmeras partidas de baixa qualidade técnica. Desde o início do torneio, era visível que as quatro equipes de maior expressão do estado se classificariam para o mata-mata nas primeiras colocações sem grandes dificuldades. Porém, ao contrário do que foi visto nos pontos corridos, os jogos eliminatórios têm proporcionado fortes emoções aos torcedores, como o polêmico clássico envolvendo Palmeiras e Corinthians, responsável por acirrar ainda mais a rivalidade entre os dois clubes. Foram muitas discussões e reclamações antes, durante e depois do jogo, que ultrapassou a simples barreira dos 90 minutos. No final, uma imprevisível decisão por pênaltis definiu o finalista da competição.
Como já era de se esperar, o jogo começou nervoso, com muitas faltas e reclamações em relação à arbitragem. Aos poucos, a ansiedade inicial se foi, e o Palmeiras passou a controlar a partida, jogando em seu campo ofensivo e marcando a saída de bola corintiana. No entanto, com a contusão de Valdívia, jogador que mais levava perigo à meta adversária, e com a justa expulsão de Danilo, que cometeu falta em Liedson, o quadro se reverteu, e o Corinthians era quem ficava mais tempo com a bola nos pés, ainda que este número não tenha se traduzido em gols nos 45 minutos iniciais. A primeira etapa ainda ficaria marcada por uma discussão entre Tite e Felipão, que não se dão bem desde o final de 2010, quando o Palmeiras, claramente sem mais objetivos no ano, foi derrotado pelo Fluminense, concorrente direto do rival alvinegro pelo título brasileiro.
No segundo tempo, mesmo com um jogador a menos, o Palmeiras começou superior. Sem um meia verdadeiramente armador, buscava o gol através das bolas paradas de Marcos Assunção, até que uma delas alcançou a cabeça de Leandro Amaro, que mandou para o fundo das redes de Júlio César. Atrás no placar, Tite decidiu sacar Dentinho para colocar Willian, autor do gol da vitória por 2 a 1 sobre o Oeste nas quartas-de-final. Com pouco tempo em campo, o atacante, também após cobrança de escanteio, testou para a meta de Deola e empatou a partida, que continuou sob o domínio do Palmeiras até o apito final do árbitro. Na decisão por pênaltis, o palmeirense João Vitor, já nas cobranças alternadas, teve seu chute defendido, enquanto o peruano Ramírez converteu e colocou o seu time na decisão do Campeonato Paulista.
A arbitragem é um capítulo à parte do clássico. Para evitar polêmicas, cabia à Federação Paulista
de Futebol substituir Paulo César de Oliveira, o juiz do dérbi, cuja presença no domingo foi antecipada por um jornal paulistano na quarta-feira, antes mesmo do sorteio que definiria o árbitro do confronto. A expulsão de Danilo, na minha visão, foi mais do que justa, mas Liédson, que não foi inocente no lance, também merecia punição com, no mínimo, um cartão amarelo. Além disso, segundos antes, Ralf atingiu o rosto de Kléber com plena consciência de seu ato, mas passou impune. Pelo lado do Corinthians, ainda no primeiro tempo, o árbitro deu cartão amarelo a Fábio Santos após entrada em Tinga, onde, ao meu ver, nem falta houve. Todas essas discussões poderiam ter sido evitadas se prevalecesse o bom senso por parte da federação.
As reclamações em relação à arbitragem, no entanto, não podem ofuscar os méritos corintianos. Há de se ressaltar o admirável poder de reação da equipe de Tite, que rapidamente esqueceu a precoce eliminação na Libertadores e continuou fazendo boa campanha no estadual. Quanto à decisão, que será contra o Santos, existem alguns pontos a favor do Corinthians, como o desgaste que a partida diante do América, no México, nesta terça-feira, pode provocar no elenco santista. Por outro lado, a pressão por resultados no Campeonato Paulista continua sendo maior do lado da equipe da capital, que tem no estadual sua única chance de título no primeiro semestre. À forte defesa corintiana, a segunda melhor da fase de pontos corridos, cabe a difícil missão de marcar Ganso e Neymar, destaques na vitória sobre o São Paulo nas semifinais.
Abaixo, confira os gols da partida e as cobranças de pênaltis, que garantiram o Corinthians na grande final do Campeonato Paulista:
Como já era de se esperar, o jogo começou nervoso, com muitas faltas e reclamações em relação à arbitragem. Aos poucos, a ansiedade inicial se foi, e o Palmeiras passou a controlar a partida, jogando em seu campo ofensivo e marcando a saída de bola corintiana. No entanto, com a contusão de Valdívia, jogador que mais levava perigo à meta adversária, e com a justa expulsão de Danilo, que cometeu falta em Liedson, o quadro se reverteu, e o Corinthians era quem ficava mais tempo com a bola nos pés, ainda que este número não tenha se traduzido em gols nos 45 minutos iniciais. A primeira etapa ainda ficaria marcada por uma discussão entre Tite e Felipão, que não se dão bem desde o final de 2010, quando o Palmeiras, claramente sem mais objetivos no ano, foi derrotado pelo Fluminense, concorrente direto do rival alvinegro pelo título brasileiro.No segundo tempo, mesmo com um jogador a menos, o Palmeiras começou superior. Sem um meia verdadeiramente armador, buscava o gol através das bolas paradas de Marcos Assunção, até que uma delas alcançou a cabeça de Leandro Amaro, que mandou para o fundo das redes de Júlio César. Atrás no placar, Tite decidiu sacar Dentinho para colocar Willian, autor do gol da vitória por 2 a 1 sobre o Oeste nas quartas-de-final. Com pouco tempo em campo, o atacante, também após cobrança de escanteio, testou para a meta de Deola e empatou a partida, que continuou sob o domínio do Palmeiras até o apito final do árbitro. Na decisão por pênaltis, o palmeirense João Vitor, já nas cobranças alternadas, teve seu chute defendido, enquanto o peruano Ramírez converteu e colocou o seu time na decisão do Campeonato Paulista.
A arbitragem é um capítulo à parte do clássico. Para evitar polêmicas, cabia à Federação Paulista
de Futebol substituir Paulo César de Oliveira, o juiz do dérbi, cuja presença no domingo foi antecipada por um jornal paulistano na quarta-feira, antes mesmo do sorteio que definiria o árbitro do confronto. A expulsão de Danilo, na minha visão, foi mais do que justa, mas Liédson, que não foi inocente no lance, também merecia punição com, no mínimo, um cartão amarelo. Além disso, segundos antes, Ralf atingiu o rosto de Kléber com plena consciência de seu ato, mas passou impune. Pelo lado do Corinthians, ainda no primeiro tempo, o árbitro deu cartão amarelo a Fábio Santos após entrada em Tinga, onde, ao meu ver, nem falta houve. Todas essas discussões poderiam ter sido evitadas se prevalecesse o bom senso por parte da federação.As reclamações em relação à arbitragem, no entanto, não podem ofuscar os méritos corintianos. Há de se ressaltar o admirável poder de reação da equipe de Tite, que rapidamente esqueceu a precoce eliminação na Libertadores e continuou fazendo boa campanha no estadual. Quanto à decisão, que será contra o Santos, existem alguns pontos a favor do Corinthians, como o desgaste que a partida diante do América, no México, nesta terça-feira, pode provocar no elenco santista. Por outro lado, a pressão por resultados no Campeonato Paulista continua sendo maior do lado da equipe da capital, que tem no estadual sua única chance de título no primeiro semestre. À forte defesa corintiana, a segunda melhor da fase de pontos corridos, cabe a difícil missão de marcar Ganso e Neymar, destaques na vitória sobre o São Paulo nas semifinais.
Abaixo, confira os gols da partida e as cobranças de pênaltis, que garantiram o Corinthians na grande final do Campeonato Paulista:
Não deve ter sido facil escrever sobre o clássico, mas você se saiu muito bem de novo.
ResponderExcluirMeu time foi eliminado por pura e própria incompetência, mas o Palmeiras foi prejudicado pela arbitragem, e não acho que o Corinthians teve mérito pela vitória, jogou a maior parte do jogo com um à mais e ainda deixou o Palmeiras sair na frente do placar...Foi uma pena, mas no clássico tudo conspirou contra o verdão (Juiz;Lesões de Valdivia e Cicinho ...)
O Paulista já foi agora é torcer na Copa do Brasil!
=]