
O confronto de ida entre Real Madrid e Barcelona pela Liga dos Campeões iniciou-se, na verdade, na última quarta-feira, quando a equipe da capital venceu o rival por 1 a 0, em Valência, e conquistou a Copa do Rei. De lá até hoje, foram muitas provocações extra-campo entre atletas e treinadores, que visivelmente estavam ansiosos para o duelo. A confiança era maior do lado dos merengues, que, após a goleada de 5 a 0 sofrida em novembro passado, buscaram e encontraram um método para diminuir a eficiência da posse de bola do Barcelona através do esquema com três volantes marcadores, hoje com Diarra, Pepe e Xabi Alonso. No entanto, as circunstâncias do jogo ruíram o sistema adotado por Mourinho, fazendo com que Messi não deixasse a oportunidade passar e decidisse a partida a favor de seu time.
A primeira etapa foi marcada por muitas discussões e pouca
qualidade técnica. O Barcelona, como de costume, ficou grande parte do tempo com a bola nos pés, mas esbarrava no bloqueio arquitetado pelo técnico adversário. Com a ausência de Iniesta, lesionado, a armação de jogadas coube a Xavi, que ficou sobrecarregado e pouco pôde fazer com a forte marcação dos volantes do Real Madrid. Porém, apesar de bloquear os ataques do Barcelona, os comandados de Mourinho também não ofereciam muito perigo a Valdés, que só teve trabalho em um chute de fora da área de Cristiano Ronaldo. Pelo lado dos catalães, o gol quase saiu após passe de Messi e finalização de Xavi, mas Casillas fez boa defesa e impediu que os rivais inaugurassem o marcador.
Os primeiros minutos do segundo tempo davam a impressão de que o jogo continuaria empatado sem gols, até que Pepe, jogador fundamental no esquema defensivo do Real Madrid, cometeu falta forte em Daniel Alves e foi expulso aos 16 minutos. Com dez atletas em campo e com menos jogadores na faixa central, os merengues cederam o espaço necessário para que Messi brilhasse e decidisse a partida a favor do Barcelona. No primeiro lance, aos 31 minutos, Marcelo deu bobeira, Afellay avançou pelo lado direito e cruzou para que o camisa 10 argentino abrisse o placar. Aos 42, Messi fez linda jogava individual, driblou a defesa adversária e, com um toque de pé direito, que não é o seu forte, novamente mandou a bola para o fundo das redes, dando números finais ao placar e deixando em silêncio o lotado Santiago Bernabéu.
No duelo entre os melhores jogadores da atualidade, Cristiano Ronaldo e Messi, o atacante do Barcelona levou a melhor, ao contrário do que ocorrera na última semana, quando o português marcou o gol do título da Copa do Rei já na prorrogação. O camisa 7 esteve bastante aquém do que dele se esperava, até porque, hoje, Marcelo não o auxiliou no ataque, e Özil e Di María não estavam nos seus melhores dias. O Barcelona, apesar da vitória, continua com problemas na escalação. Sem um lateral-esquerdo à disposição, Guardiola improvisou Puyol na posição e recuou Mascherano para a zaga, evidenciando a falta de confiança do treinador espanhol em Gabriel Milito, zagueiro de origem, que, quando entra, compromete o sistema defensivo.
Para a partida de volta, em Barcelona, o Real Madrid terá de sair mais para o ataque em busca dos gols, o que, consequentemente, dará mais espaço para que Xavi, Iniesta e Messi toquem a bola no meio. Além disso, caberá a Mourinho as difíceis missões de dar novamente confiança ao seu grupo, que tem plena consciência do quão complicado será marcar dois gols no Barcelona em pleno Camp Nou, e montar o esquema de três volantes sem Pepe, que, mesmo não sendo um primor tecnicamente, vinha cumprindo o seu papel com bastante eficiência. Não se pode dar como morto um time da qualidade do Real Madrid e sob o comando do melhor treinador do mundo, mas a missão dos merengues parece ser tão espinhosa quanto a do Schalke 04.
Confira os dois gols de Messi, que mais uma vez foi decisivo e garantiu importante vantagem à sua equipe para o jogo de volta, na próxima semana:
A primeira etapa foi marcada por muitas discussões e pouca

Os primeiros minutos do segundo tempo davam a impressão de que o jogo continuaria empatado sem gols, até que Pepe, jogador fundamental no esquema defensivo do Real Madrid, cometeu falta forte em Daniel Alves e foi expulso aos 16 minutos. Com dez atletas em campo e com menos jogadores na faixa central, os merengues cederam o espaço necessário para que Messi brilhasse e decidisse a partida a favor do Barcelona. No primeiro lance, aos 31 minutos, Marcelo deu bobeira, Afellay avançou pelo lado direito e cruzou para que o camisa 10 argentino abrisse o placar. Aos 42, Messi fez linda jogava individual, driblou a defesa adversária e, com um toque de pé direito, que não é o seu forte, novamente mandou a bola para o fundo das redes, dando números finais ao placar e deixando em silêncio o lotado Santiago Bernabéu.

Para a partida de volta, em Barcelona, o Real Madrid terá de sair mais para o ataque em busca dos gols, o que, consequentemente, dará mais espaço para que Xavi, Iniesta e Messi toquem a bola no meio. Além disso, caberá a Mourinho as difíceis missões de dar novamente confiança ao seu grupo, que tem plena consciência do quão complicado será marcar dois gols no Barcelona em pleno Camp Nou, e montar o esquema de três volantes sem Pepe, que, mesmo não sendo um primor tecnicamente, vinha cumprindo o seu papel com bastante eficiência. Não se pode dar como morto um time da qualidade do Real Madrid e sob o comando do melhor treinador do mundo, mas a missão dos merengues parece ser tão espinhosa quanto a do Schalke 04.
Confira os dois gols de Messi, que mais uma vez foi decisivo e garantiu importante vantagem à sua equipe para o jogo de volta, na próxima semana:
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ResponderExcluirLegal mesmo seu texto velho, vi o link dele la na pagina do estadão, do Antero... continue assim... e faça diferença num pessimo mundo que vivemos hoje sendo um excelente jornalista, fazendo oq tem que fazer... grande abrazo... Alexandre...
ResponderExcluirMuito obrigado, cara. Que bom que você gostou. Tenho o Antero como referência de ótimo jornalista e, acima de tudo, uma pessoa ética. Abração!
ResponderExcluirA melhor parte do clássico foi a expectativa que o antecedeu; as provocações extra-campo criaram um clima de final... O jogo em si se resumiu em algumas jogadas legais e gols de Messi,mas se tratando de Barcelona não foi nada de mais.
ResponderExcluirLeio seus textos e você escreve muito bem, acima da média. Parabéns!