sexta-feira, 1 de julho de 2011

O início da Copa América, alguns dados históricos da competição e os principais favoritos


Nesta sexta-feira, dia 1º de julho, será dada a largada para a Copa América, competição que em 2011 terá como país-sede a Argentina. Ao todo, doze nações entrarão em campo na busca pela hegemonia do futebol continental – dez delas estão na América do Sul e são membros da Conmebol, confederação responsável pelos campeonatos sul-americanos, enquanto as outras duas, Costa Rica e México, foram convidadas a participar do evento, como ocorre desde 1993. O torneio apresenta muitos atrativos, e um deles é a sua tradição, visto que três das seleções que o disputam somam nove títulos mundiais, sendo cinco do Brasil, dois da Argentina e dois do Uruguai. Além, claro, da qualidade técnica, representada principalmente pelas figuras de jogadores como Lionel Messi, o melhor do mundo atualmente, Neymar e Diego Forlán.

Em seus quase cem anos de existência – há 36 com o nome de Copa América-, a competição reúne dados interessantes. Os maiores campeões são Argentina e Uruguai, cada um com 14 títulos. Porém, apesar da supremacia desses dois países no quadro geral de troféus, é o Brasil que vem tendo mais sucesso no torneio: das últimas cinco edições, quatro (1997, 1999, 2004 e 2007) ficaram com os brasileiros, exceção feita a 2001, quando os anfitriões colombianos levaram a melhor. A Argentina sediou o campeonato em oito ocasiões, tendo vencido seis delas – nas duas vezes em que não se saiu bem jogando em seus domínios, em 1916 e 1987, os uruguaios levantaram o troféu. Paraguai e Peru, com dois títulos cada, e Bolívia e Colômbia, com uma conquista, completam a lista dos países que já conquistaram ao menos uma vez a competição.

Apesar de doze seleções disputarem o torneio, é possível apontar no máximo três equipes favoritas à conquista do título, enquanto as outras deverão apresentar pouca resistência às três forças do futebol sul-americano. A começar pelos donos da casa, que entram como fortes candidatos devido à presença de Messi em seu elenco, além do grande poderio ofensivo, com Di Maria, Tevez, Lavezzi e Agüero. O ponto fraco fica por conta do sistema defensivo, que ainda não passa muita confiança, e também da falta de meias que conduzam a bola à linha dos atacantes. Além disso, a pressão da torcida pode jogar contra em alguns momentos, já que os argentinos não conquistam um troféu de maior relevância desde 1993, quando venceram pela última vez a Copa América, no Equador, derrotando o México na grande decisão por 2 a 1.

Outra grande força é o Brasil, que já venceu a competição em oito ocasiões. Ao contrário de Sérgio Batista, treinador da seleção argentina, Mano Menezes conta com um elenco mais equilibrado, que possui bons valores em todos os setores. As esperanças de bons resultados e de um futebol vistoso estão depositadas na dupla Ganso e Neymar, que, apesar da pouca idade, já apresenta em seu currículo partidas importantes, como a recente decisão da Libertadores. O Uruguai, motivado pelos bons resultados no futebol, como a quarta colocação na última Copa do Mundo, o vice no Sul-Americano sub-20 e na Libertadores, essa última com o Peñarol, aposta no entrosamento de seu grupo, praticamente o mesmo que foi à África do Sul, e na qualidade de valores individuais, como o trio ofensivo formado por Forlán, Suárez e Cavani.

Fica evidente, portanto, que não faltam ingredientes para que a atual edição da Copa América seja um importante parâmetro para se avaliar o nível das grandes seleções, principalmente do Brasil, que não disputará as eliminatórias por ser o país-sede da Copa do Mundo de 2014. Além disso, pode ser essencial para a quebra de alguns rótulos, como o de que Messi não rende o esperado jogando por sua seleção, o que é compreensível se compararmos a qualidade do time nacional com a do Barcelona, e o de que Mano Menezes não vence equipes de maior peso. As minhas maiores expectativas ficam sobre as seleções argentina e brasileira, como não poderia ser diferente. Porém, não me surpreenderia se o Uruguai emplacasse uma boa campanha, como no Mundial de 2010, chegasse à final do torneio e desbancasse os outros "gigantes".

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