quinta-feira, 31 de março de 2011

Os retornos de Adriano e Luís Fabiano ao Brasil, suas pretensões e possíveis contribuições


O recente êxodo de jogadores já consagrados da Europa para o Brasil continua movimentando o mercado da bola. No início do ano, em meados de janeiro, Ronaldinho Gaúcho seguiu os passos do chará Ronaldo e selou o seu retorno aos gramados brasileiros, a fim de recuperar um futebol que, no mínimo, o garanta nas listas de convocados de Mano Menezes. Desta vez, dois atacantes reconhecidos mundialmente decidiram regressar ao país que os revelou: Adriano e Luís Fabiano, companheiros de ataque na seleção que conquistou a Copa América de 2004 sobre a Argentina. Na oportunidade, quem brilhou foi o primeiro, com gol no minuto final que levou a decisão para os pênaltis, vencida pelos brasileiros. Porém, sete anos depois, o quadro mudou.

A qualidade técnica de Adriano é inquestionável, e o apelido de "Imperador", merecido. Não à toa o atacante se tornou ídolo da Internazionale e disputou uma Copa do Mundo, a de 2006, como titular da seleção brasileira. No entanto, o futebol ficou em segundo plano, e os problemas pessoais claramente interferem em suas atuações dentro de campo. Quando atuou pelo Flamengo, que agora o rejeitou, Adriano garantiu ao clube carioca o título brasileiro de 2009. Porém, a recente passagem pela Roma, sem marcar sequer um gol em quase um ano, brecou o aparente crescimento do camisa 10. Agora, quem dá a chance é o Corinthians, que já tem Liédson. Se o principal foco for o futebol, Adriano pode novamente fazer a diferença por aqui.

Por outro lado, Luís Fabiano chega com a bola toda ao São Paulo, e a festa de recepção ao atacante, com quase 50 mil são-paulinos no Morumbi, não me desmente. Ao contrário de Adriano, o "Fabuloso", como é tratado pelos tricolores, vem de uma marcante passagem pelo futebol espanhol, mais precisamente pelo Sevilla, onde alcançou o status de ídolo após a conquista de títulos como as Copas da UEFA e do Rei. Apesar do temperamento explosivo, Luís Fabiano continua com o único objetivo de jogar futebol e reassumir a camisa 9 da seleção brasileira, que não é uma missão tão árdua, visto que Mano Menezes parece não ter encontrado o centroavante ideal. E os retornos de Júlio César e Lúcio alimentam as esperanças do atacante.

Sem dúvida, trata-se de dois jogadores com um potencial imenso e que podem decidir partidas no futebol brasileiro, cada vez mais pobre de grandes craques. A possibilidade de conquistar uma vaga na seleção que disputará a Copa do Mundo de 2014, aqui no Brasil, pode ser um incentivo a mais, principalmente para Adriano, que parece necessitar de novas motivações em sua carreira. Fora de campo, o retorno que ambos darão aos seus clubes, sobretudo financeiro, é praticamente garantido. São dois atletas que chamam a atenção do público, atraem torcida para os estádios e patrocinadores para o uniforme. Resta a dúvida de como se comportarão dentro das quatro linhas. Espero que bem, pois o maior beneficiado será, com certeza, o nosso futebol.

Um comentário:

  1. Evidentemente a imprensa agora ficará comparando os 2 em tudo que é possivel.

    Mas é inegável que 100%,o Adriano é mais jogador que o LF

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