
Messi? Kaká? Cristiano Ronaldo? Rooney? Nada disso. Na última semana do mundial, praticamente não se ouve mais falar nestes nomes. Afinal, juntos, totalizaram apenas um gol na competição, marcado pelo jogador português na sonora goleada de sua seleção sobre a frágil Coréia do Norte, e, justamente por isso, são considerados as grandes decepções da Copa do Mundo. Será que Messi viveu a 'maldição do melhor jogador do mundo'? Em 2001, o português Figo foi eleito jogador do ano pela Fifa e, em 2002, não rendeu o esperado. Em 2005 era a vez de Ronaldinho, que, no ano seguinte, saiu como um dos vilões da má campanha brasileira. Enfim, quais são as justificativas para tão fraco desempenho destas estrelas das quais se esperava tanto?
Rooney e Kaká chegaram à África do Sul em condições físicas bastante deficientes. O primeiro, maior esperança de gols da seleção inglesa por ter feito uma ótima temporada pelo Manchester United, lesionou-se semanas antes do mundial e não rendeu o esperado. Já o meia brasileiro teve uma temporada irregular no Real Madrid, marcada por lesões e más atuações, e manteve a escrita no mundial. O argentino Messi, apesar de ter feito atuações razoáveis, não foi nem sombra daquele estupendo jogador que estamos acostumados a ver no Barcelona. Cristiano Ronaldo ainda tem créditos em relação aos outros, principalmente por jogar em uma seleção tecnicamente inferior a Inglaterra, Brasil e Argentina. No entanto, apenas isto não justifica suas pífias exibições.
Alguns jogadores de menos destaque conseguiram a proeza de ofuscar nomes tão badalados na mídia esportiva como os citados acima. Pouco se falava dos jovens alemães Özil e Müller, responsáveis por elevar a sua seleção de mera coadjuvante à condição de principal favorita à conquista do título. Os uruguaios Luis Suárez e Diego Forlán também não podem ser esquecidos. Afinal, são eles os destaques da celeste, que volta a disputar uma semi-final de Copa do Mundo após 40 anos. Sneijder e Robben, sem dúvida nenhuma, também são dois dos principais personagens deste mundial, e são a esperança do povo holandês de reviver as glórias da laranja mecânica da década de 70.
Portanto, não se pode negar que esta Copa do Mundo tenha sido marcada por muitas surpresas agradáveis. Saímos daquela previsibilidade e presenciamos o surgimento de futuros craques do futebol mundial, como os jovens da seleção alemã. Gigantes ficaram pelo caminho. França e Itália sequer passaram da primeira fase. Brasil e Argentina, mais uma vez, ficaram nas quartas-de-final. E seleções como Uruguai, Gana e Paraguai mostraram que futebol se ganha dentro das quatro linhas.
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