
A história dos confrontos entre o Barcelona de Pep Guardiola e o Real Madrid de José Mourinho começou a ser escrita há pouco mais de cinco meses, em novembro do ano passado, quando a equipe catalã, jogando em seus domínios, aplicou uma épica goleada de 5 a 0 sobre o rival. Àquela ocasião, o treinador português escalou um time ofensivo, que não se intimidava com a qualidade do ataque adversário, atuando com apenas dois volantes, três meias ofensivos e uma referência no ataque. O trágico resultado, no entanto, fez com que Mourinho buscasse um sistema de jogo mais consistente, que não deixasse sua equipe tão exposta e que diminuísse o espaço para o toque de bola do Barcelona, passando a atuar com três volantes. O esquema foi posto à prova nas quatro partidas seguidas entre os dois rivais por competições distintas.
O primeiro duelo, no Santiago Bernabéu, válido pelo
Campeonato Espanhol, serviu como teste para o Real Madrid, que já admitira o quão difícil seria alcançar o líder Barcelona. Resultado de 1 a 1, o que representou um significativo avanço em relação à péssima exibição do ano anterior. Depois veio a final da Copa do Rei, jogo em que os comandados de Mourinho fizeram um bom primeiro tempo, se seguraram no segundo e conquistaram o título na prorrogação com gol de Cristiano Ronaldo. Na partida de ida da Liga dos Campeões, na capital espanhola, o Real Madrid mantinha o 0 a 0 até o momento em que Pepe, após forte entrada em Daniel Alves, foi expulso, arruinando o eficiente esquema madridista. Com um jogador a menos, apareceu o espaço necessário para que Messi garantisse a vitória para o Barcelona pelo placar de 2 a 0.
Na partida de volta, realizada no Camp Nou, o Real Madrid não pôde contar com os suspensos Sérgio Ramos e Pepe. A ausência deste último fez com que Mourinho novamente adotasse o esquema com dois volantes - no caso de hoje, Xabi Alonso e Lass Diarra - e, à frente, uma linha de três meias, composta por Kaká, Di María e Cristiano Ronaldo, o mesmo da derrota histórica por 5 a 0. A decisão do português, apesar de arriscada, era compreensível, visto que os merengues necessitavam fazer 2 a 0, em um adversário que só perdera uma partida em casa na temporada, para levar o jogo à prorrogação. Pelo lado do Barcelona, Guardiola contou com o retorno de Iniesta, nome fundamental no estilo de jogo catalão, marcado pelos pacientes toques e pela incrível superioridade na posse de bola, que quase sempre ultrapassa os 70%.
No início da partida, o Real Madrid até esboçou certo poder de reação para reverter o placar adverso, ficando em seu campo ofensivo e não deixando os rivais tocarem a bola como têm costume. Porém, aos poucos o Barcelona se lançou à frente, controlando o ritmo do jogo e levando bastante perigo à meta de Casillas, responsável por manter o empate em 0 a 0 na primeira etapa. Nos 45 minutos finais, os catalães inauguraram o placar com gol de Pedro, após bela assistência de Iniesta. Com pouco a perder, o Real Madrid avançou ao ataque e conseguiu chegar ao empate, com tento marcado pelo brasileiro Marcelo, mas parou por aí. No restante do jogo, o fato mais marcante foi a saída de Puyol para a entrada de Abidal, francês que ficou longe dos gramados no começo deste ano para a retirada de um tumor no fígado.
Com a vaga na decisão garantida, o Barcelona aguarda o vencedor do confronto entre Manchester United e Schalke 04. No jogo de ida, disputado na Alemanha, os comandados de Alex Ferguson abriram uma importante vantagem e venceram por 2 a 0, mesmo resultado conquistado pelos catalães em Madrid. Em uma possível final entre espanhóis e ingleses, vejo os primeiros como favoritos, ainda que tenham pela frente um time de grande tradição e detentor da melhor defesa do torneio, com apenas três gols sofridos em toda a competição. Caso os blaugranas enfrentem o Schalke, terão de lidar com um enorme favoritismo na decisão, em Wembley. A única certeza é de que o treinador que chegar à final terá de quebrar a cabeça para adotar um sistema capaz de parar esta máquina de jogar futebol chamada Barcelona.
Confira os dois gols da partida entre Barcelona e Real Madrid, no Camp Nou. O empate garantiu os catalães na decisão da Liga dos Campeões, que será disputada no estádio Wembley:
O primeiro duelo, no Santiago Bernabéu, válido pelo

Na partida de volta, realizada no Camp Nou, o Real Madrid não pôde contar com os suspensos Sérgio Ramos e Pepe. A ausência deste último fez com que Mourinho novamente adotasse o esquema com dois volantes - no caso de hoje, Xabi Alonso e Lass Diarra - e, à frente, uma linha de três meias, composta por Kaká, Di María e Cristiano Ronaldo, o mesmo da derrota histórica por 5 a 0. A decisão do português, apesar de arriscada, era compreensível, visto que os merengues necessitavam fazer 2 a 0, em um adversário que só perdera uma partida em casa na temporada, para levar o jogo à prorrogação. Pelo lado do Barcelona, Guardiola contou com o retorno de Iniesta, nome fundamental no estilo de jogo catalão, marcado pelos pacientes toques e pela incrível superioridade na posse de bola, que quase sempre ultrapassa os 70%.

Com a vaga na decisão garantida, o Barcelona aguarda o vencedor do confronto entre Manchester United e Schalke 04. No jogo de ida, disputado na Alemanha, os comandados de Alex Ferguson abriram uma importante vantagem e venceram por 2 a 0, mesmo resultado conquistado pelos catalães em Madrid. Em uma possível final entre espanhóis e ingleses, vejo os primeiros como favoritos, ainda que tenham pela frente um time de grande tradição e detentor da melhor defesa do torneio, com apenas três gols sofridos em toda a competição. Caso os blaugranas enfrentem o Schalke, terão de lidar com um enorme favoritismo na decisão, em Wembley. A única certeza é de que o treinador que chegar à final terá de quebrar a cabeça para adotar um sistema capaz de parar esta máquina de jogar futebol chamada Barcelona.
Confira os dois gols da partida entre Barcelona e Real Madrid, no Camp Nou. O empate garantiu os catalães na decisão da Liga dos Campeões, que será disputada no estádio Wembley:
Não deu para ver o jogo ...
ResponderExcluirMas enfrentar o Barcelona, na casa do adversário e tendo de reverter resultado é muito dificil, não é condenavel a eliminação do Real.
Afinal perder para o Barcelona é a regra, vence-lo é a exeção.
Liga dos Campeões = Regra
Copa do Rei = exceção
=]
Vencer o Barcelona no Camp Nou já é difícil, imagine ter de abrir uma diferença de dois gols. E o empate não traduz bem o que foi o jogo. No primeiro tempo, o Real não finalizou nenhuma vez, enquanto o Barça pressionou e só não abriu o placar porque o Casillas foi sensacional no gol.
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