
A primeira conquista brasileira aconteceu em 1983, ano da quarta edição do torneio, no México. O Brasil, que era comandado por Jair Pereira, contava em seu elenco com jogadores como Geovani, Bebeto, Jorginho e Dunga. Na primeira fase, ainda com a vitória valendo apenas dois pontos, a seleção brasileira se classificou como líder de um grupo que tinha Países Baixos, Nigéria e União Soviética, esta última que não mostrou o mesmo poderio de 1977, quando foi campeã. Nas quartas-de-final, com gols de Dunga, Bebeto e Geovani, o Brasil passou sem problemas pela Tchecoslováquia. Na fase seguinte, fez jogo duro com a Coreia do Sul, mas avançou com um 2 a 1. Na decisão, que ocorreu em um estádio Azteca com 110 mil pessoas, o time de Jair Pereira venceu os argentinos por 1 a 0, com gol de Geovani, que seria eleito o melhor jogador do torneio.
O bicampeonato viria já na próxima edição, em 1985, na União Soviética. Os destaques do elenco eram Tafarell, que nove anos depois seria campeão do mundo nos Estados Unidos, o atacante Gérson, Silas e Müller, os dois últimos campeões brasileiros pelo São Paulo em 1986. O comando técnico cabia a Gílson Nunes, que treinava o tradicional América do Rio de Janeiro. Assim como ocorrera dois anos antes, o Brasil se classificou com facilidade na primeira colocação de um grupo com Espanha, Arábia Saudita e Irlanda. Nas quartas-de-final, os brasileiros passearam na partida contra a Colômbia com uma goleada por 6 a 0, a maior do torneio. No jogo seguinte, diante dos nigerianos, 2 a 0. A grande decisão foi contra a Espanha, adversário já vencido tranquilamente pelo Brasil. Porém, na final não houve essa facilidade: 1 a 0, com gol brasileiro nos acréscimos.

A seleção brasileira só chegaria ao tetracampeonato dez anos depois, em 2003, nos Emirados Árabes. A geração era promissora e contava com jogadores do calibre de Daniel Alves, Daniel Carvalho, Dudu Cearense, Andrezinho, Nilmar e Dagoberto. Comandava esse time Marcos Paquetá, que já havia sido campeão mundial sub-17 naquele ano. Ao contrário do que acontecera nos últimos três títulos, o Brasil classificou-se na segunda colocação de seu grupo com uma campanha não muito convincente: 1 vitória, 1 empate e 1 derrota. No mata-mata, que já tinha oitavas-de-final devido ao aumento do número de participantes, os brasileiros passaram por Eslováquia e Japão. Nas semifinais, vitória no clássico contra os argentinos, e, na decisão, novamente um 1 a 0 sobre os espanhóis, assim como em 1985. O artilheiro foi Dudu Cearense, hoje no Atlético Mineiro.
Agora, dois anos após a derrota para Gana na final, em 2009, o Brasil tentará conquistar mais uma vez o torneio, o que já não acontece há bastante tempo. A base do elenco é semelhante à campeã sul-americana no início do ano, mas sem suas duas maiores estrelas, Lucas e Neymar, que compõem o time principal. Por outro lado, Ney Franco, o comandante da equipe, poderá contar com Philippe Coutinho, lesionado para o Sul-Americano, além dos bons jogadores Danilo, do Santos, Casemiro, do São Paulo, Oscar, do Inter, Alan Patrick, do Shakhtar Donetsk, e Diego Maurício, do Flamengo. O elenco, sem dúvida, tem potencial para repetir as boas atuações do começo de 2011 e levantar a taça, mesmo sem Lucas e Neymar. É essencial, porém, começar a construir o time que, em 2012, irá a Londres para buscar o inédito ouro olímpico. Afinal, é essa a principal função dos times de base.
Nenhum comentário:
Postar um comentário